No mundo do audiovisual, existe um problema sério quando o assunto é preciosismo. Isso porque muitas pessoas acabam deixando seus projetos no “stand by” porque não possuem os equipamentos ideais. O que pode parecer uma preocupação legítima é, na verdade, uma dificuldade.
Vamos mostrar que o preciosismo técnico pode ser um problema complicado para quem deseja se destacar no mercado, especialmente quando falamos de conteúdos para mídias como Facebook, Instagram, Youtube e Tik Tok, em que um roteiro bem feito e uma produção cuidadosa, mesmo que com um equipamento simples, pode trazer excelentes resultados.
Vamos mostrar também como as maiores empresas do mundo em que o modus operandi é totalmente contra o preciosismo, o que deve ser bom, porque estamos falando de empresas como a Pixar.
Como identificar o preciosismo exagerado?
O preciosismo começa a se tornar um exagero quando ele te impede de fazer e publicar conteúdo.
Inclusive, é interessantíssimo ter em mente que a maioria dos grandes sucessos começam com equipamentos humildes e pouca qualidade técnica, o que é compensado por roteiros de impacto e interpretações marcantes.
Inclusive, a estética “tosca” é, inclusive, muito utilizada por produções que poderiam até disponibilizar qualidade técnica superior e acabam preferindo a qualidade inferior, por motivos de composição de personagens e estilo pessoal.
Um excelente exemplo disso são produções como “piores clipes do mundo”, “Choque de cultura”, “Último Programa do Mundo”, ou, se você quiser ir mais fundo, todo o movimento do cinema novo lidava com condições aquém do ideal para a época, tanto que o lema do movimento era “uma ideia na cabeça e uma câmera na mão”.
Você vai ver, inclusive, que o processo da maioria das grandes empresas de criatividade incluem colocar os produtos criativos à prova o quanto antes, para testar sua eficiência.
O método Pixar de falta de preciosismo.
As pessoas que falam que não conseguem tocar seus projetos por falta de condições ideais poderiam aprender com a metodologia Pixar.
Até hoje, na Pixar, esse método é utilizado, sendo que ele já foi assunto em livros e documentários.
A metodologia usada pelo estúdio é, inclusive, a inspiração para a metodologia conhecida como “lean startup” e envolve conceitos interessantíssimos como o MVP ou, como era apelidado na própria Pixar, “bebê feio”.
O bebê feio é, basicamente, a corporificação da ideia inicial da forma rápida e com o mínimo de custo possível, mas que seja capaz de mostrar o valor do produto.
No caso da Pixar, como o produto em si são filmes, o “bebê feio” é um storyboard simples com o qual o diretor tenta vender sua ideia para o diretor comercial, ou seja, todos os filmes incríveis da Pixar que você conhece começaram como um storyboard Feio e sem cor apresentado para um diretor. Excelente inspiração para colocar seu projeto adiante da melhor forma possível, não?
Ou seja, se o formato mais simples da sua produção consegue, nesse momento, traduzir o conceito principal do seu produto, o ideal é que você o lance o quanto antes.
Apenas assim você será capaz de saber quais são os pontos centrais de melhorias nos quais você precisa trabalhar para fazer desse produto um sucesso.
Aproveite essa inspiração e tire seus projetos mais realizáveis da gaveta hoje mesmo, com os recursos que você tem! Eles podem abrir portas para você e demonstrar seu desejo e sua qualidade como profissional!
Obrigado: Will Fernandes